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Por que é tão importante manter a carteira de vacinação atualizada?

dez 21 de 2022
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Com as notícias que anunciaram a aprovação das vacinas CoronaVac e a da Universidade de Oxford contra a Covid-19 no Brasil, a atenção de todo o país se voltou para este tema e, principalmente, o porquê é tão importante manter a carteira de vacinação atualizada.

Dados coletados pela Clalit Health Services, uma das maiores organizações de saúde de Israel, mostraram que 14 dias após a primeira dose da vacina contra a Covid-19 houve uma queda de 33% de infecção entre aqueles que foram vacinados, em comparação com o resto da população.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação é uma das formas mais importantes para a proteção e prevenção de diversas doenças, inclusive daquelas que podem levar à morte. De acordo com estimativas de pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação em massa evita de 2 a 3 milhões de mortes anualmente e gera uma economia equivalente a R$250 milhões por dia.

O Brasil é citado como referência mundial em imunização por meio das vacinas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS, por conta do Programa Nacional de Imunização (PNI), iniciado no país em 1973, que tem como objetivo criar um modelo de ação para a vacinação.

Porém, nos últimos anos, foi percebida uma queda no número de pessoas vacinadas. Desde 2017, as duas primeiras doses da tríplice viral em crianças não alcançaram os 95% de cobertura necessários para deixar a população protegida. No geral, analisando todas as vacinas, em 2020, a meta de vacinação no Brasil todo atingiu somente 65,5%.

O Ministério da Saúde acredita que a imunização tenha diminuído por cinco razões, entre elas a percepção enganosa dos pais de que não é preciso mais vacinar porque as doenças desapareceram e o medo de que as vacinas causem reações prejudiciais ao organismo.

Pensando nessas questões, neste post do #BlogHbit vamos falar sobre como funcionam as vacinas, inclusive as novas contra a Covid-19 para relembrar a importância de se vacinar e, mais ainda, de manter a imunização atualizada.

Como funcionam as vacinas?

De acordo com o Fiocruz, as vacinas são substâncias biológicas que são introduzidas no corpo das pessoas de diversas formas, sendo os mais conhecidos por seringa e gotas, com o intuito de protegê-las de doenças.

De uma forma simples, elas ensinam o sistema imunológico a se proteger daquele vírus ou bactéria. Isso ocorre porque a maior parte das vacinas são compostas por toxinas, agentes que causam doenças e semelhantes.

Quando as vacinas trazem os próprios agentes agressores, podem existir duas versões: uma acentuada, com o vírus enfraquecido, e outra inativa, com o vírus inativo, ou seja, morto.

Assim, quando a vacina é aplicada e os agentes são injetados, o sistema imunológico da pessoa começa a criar defesas contra o vírus ou bactéria. Isso faz com que, quando a pessoa realmente for infectada pelo vírus, o sistema imunológico tenha a lembrança daquelas defesas e já saiba se defender, eliminando o agente e evitando a contaminação.

Na maioria dos casos, as vacinas podem causar reações leves como febre, dor no local e dores musculares.

A produção e distribuição das vacinas

As vacinas no Brasil são produzidas em laboratórios nacionais, internacionais ou institutos especializados, como o Instituto Butantan. Todas as vacinas passam por avaliações feitas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS), que pertence à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). E, caso elas sejam importadas, vindo de outro país, elas têm que ser liberadas e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), como foi o caso das vacinas contra Covid-19.

Depois dessas fases, caso aprovadas, as vacinas são enviadas aos Estados, que são responsáveis por distribuí-las pelos municípios, de acordo com as necessidades e população do local. Para definir este número, cada Estado deve enviar, previamente, ao Governo Federal sobre a necessidade de doses para o local, avaliando o tamanho do público-alvo, a situação da doença na população e os estoques federais e estaduais.

A escolha de quais vacinas serão produzidas e distribuídas ocorre a partir do planejamento anual da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização, no qual analisam a incidência da doença, agentes envolvidos e a capacidade de produção dos laboratórios.

E as vacinas contra a Covid-19?

A questão de muitas pessoas terem medo de tomar vacina está influenciando, inclusive, na vacinação contra a Covid-19, doença que ocorre por conta do novo coronavírus. De acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha, aumentaram a quantidade de pessoas que pretendem não tomar as vacinas. Em agosto de 2020, 9% dos entrevistados afirmaram que não tomariam a vacina, enquanto em dezembro do mesmo ano, 22% afirmaram que não tomariam.

Mesmo a maioria das pessoas ainda afirmando que tomariam, isso é preocupante, principalmente, porque a OMS estima que entre 65% e 70% da população mundial precisarão estar imunes, ou seja, vacinadas, para que a transmissão seja interrompida. E as duas vacinas aprovadas pela ANVISA no Brasil, a da Universidade de Oxford feita com a empresa Astra Zeneca e a Coronavac, nome popular da vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac junto com o Instituto Butantan, no Brasil, apresentaram eficácia geral de 70,4% e 50,4%, respectivamente. Ambas, acima do mínimo de 50% recomendado pela OMS.

Então, devo tomar a vacina? Ela é segura?

Sim! Ambas passaram por exames clínicos em humanos e não apresentaram efeitos significativos. E mais importante: foram aprovadas pela ANVISA, que testa e analisa os dados para comprovar se ela é segura ou não. E, além de serem seguras, evitam a transmissão do novo coronavírus e principalmente evitam complicações que podem decorrer da Covid-19.

Por fim, qual a importância das vacinas?

As vacinas, como já dito, ajudam a prevenir doenças e, inclusive, a erradicá-las, seja no mundo todo ou somente em um país específico. Algumas doenças já erradicadas pela vacinação são:

  • Varíola: podendo causar cegueira e até morte. Foi confirmada sua erradicação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1980;
  • Poliomielite tipo 3: mais conhecida como paralisia infantil, esse vírus causa perda da força muscular e dos reflexos e, em casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A Comissão Global para Certificação da Erradicação da Poliomielite assinou o certificado que declara a erradicação do vírus da poliomielite tipo 3 em 24 de outubro de 2019;

O Brasil, em 2016, recebeu o certificado da eliminação de transmissão do sarampo no país, porém, em janeiro de 2019, já haviam tido mais de 10.274 novos casos de sarampo no país e perdeu esse reconhecimento. Em 2020, foram confirmados 8.419 casos da doença, que, segundo uma matéria do portal O Globo, das sete mortes causadas pelo sarampo, em 2020, nenhuma havia histórico de vacinação contra o vírus.

Além disso, até a poliomielite está com perigo de voltar a ter casos no país, já que foi atingida somente 74,7% da meta de vacinação contra a doença. Ao analisarmos estes dados, já podemos entender a importância da vacinação. Por conta dela, várias doenças foram erradicadas e, com a falta dela, várias doenças voltaram a aparecer e a preocupar a população.

Pensando de forma geral, se a maior parte da população se imunizar tomando vacinas, aqueles que não o fizerem estarão protegidos por quem já se vacinou. Porém, o pediatra José Geraldo Leite Ribeiro, considerado referência técnica em Imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, diz que “se todo mundo começar a abdicar do direito de se vacinar, essa proteção indireta acaba, e essas doenças voltam para todos nós, sem distinções”.

Podemos perceber que isso aconteceu com o sarampo e está passível de acontecer com a poliomielite. Assim, é muito importante que todos tomem as vacinas necessárias e as mantenham atualizadas, para que doenças não voltem e não afetem a população.

No Sistema Único de Saúde (SUS) são fornecidas, gratuitamente, todas as doses de 17 vacinas, para serem tomadas desde a infância até a vida adulta. O Calendário Nacional de Vacinação mostra quais são as vacinas oferecidas pelo sistema, quantas doses tomar e em qual idade deve-se tomá-las.

Acompanhe o Calendário, sua carteirinha e campanhas de vacinação que ocorrem no seu município. Caso não saiba quais vacinas ainda precisa tomar, consulte uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e atualize as imunizações que faltam.

E também, acompanhe o #BlogHBit para mais informações sobre a área da saúde e da saúde suplementar.

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